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Reservatório novo não pôs fim ao problema da Falta d’ água em Nilópolis

Os nilopolitanos acreditaram que esse verão não seria igual aos que passaram, mas contra todas as expectativas a falta d’ água mais uma vez está sendo um tormento para os moradores de vários bairros. Com a inauguração do reservatório construído no bairro Cabral, com capacidade para armazenar 13 milhões de litros e depois de se depararem com várias frentes de obras pelo município, todas para interligá-lo a rede, a população estava confiante que o abastecimento seria regularizado e que não seria mais preciso aguardar o dia que a água chegasse às torneiras para limpar a casa, lavar roupas e encher todos os baldes, bacias e até garrafas pet para os dias subsequentes. No entanto, pouco mais de quatro anos após a inauguração do reservatório e em pleno verão, restou a desilusão pelo abastecimento, segundo muitos, ainda mais deficiente do que era anteriormente.
A falta d’água é um problema antigo em vários bairros de Nilópolis. Os moradores, principalmente aqueles dos chamados finais de linha, há anos sofrem tendo água disponível apenas um ou dois dias por semana. A alegação da CEDAE sempre foi que o antigo reservatório, localizado na Rua Vereador Francisco Nunes, no Centro, não tinha capacidade suficiente para abastecer todo o município e por conta disso a solução vislumbrada passou a ser a construção de um reservatório maior.
R$ 10 milhões gastos e não há solução
Várias foram as reuniões e os pedidos feitos pelo Governo Municipal tanto ao Governo Estadual quanto ao Governo Federal, até que com cerca de R$ 10 milhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi construído durante dois anos o reservatório no final da Rua Senador Salgado Filho, no bairro Cabral e uma adutora com extensão de 1,6 mil km e de 600 mm de diâmetro, inaugurados no dia 27 de setembro de 2012, com uma grande festa, afinal para a população e para o Governo Municipal significava mais que a concretização de um sonho, significava que a falta d’água finalmente seria algo do passado.
Com o passar do tempo, o real significado passou a ser a frustração. Em bairros como Cabral, Nossa Senhora de Fátima, Paiol, Cabuís e Nova Cidade, os moradores continuam tendo problemas e continua também sendo uma cena comum a circulação de caminhões pipas e pessoas com baldes carregando água retirada do poço de algum vizinho. Muitos reclamam que não têm água nas torneiras há semanas e na descrença de que o reservatório não tenha resolvido o problema, culpam os responsáveis pelas manobras nas caixas da Cedae, problemas em bombas do booster, localizado em Olinda, especulações de quem quer a todo custo não apenas uma explicação, mas uma solução para o problema.
Além dos inconvenientes causados ao ambiente doméstico, principalmente nos dias de calor intenso, a falta de água gera gastos que, segundo vários moradores, prejudicam o orçamento. Muitos alegam que precisam pagar preços exorbitantes no caminhão pipa e várias vezes tem que dividir com vizinhos devido aos custos e também devido grande parte da população não possuir cisterna de tamanho suficiente para fazer o armazenamento de tantos litros.
Tão perto…
Até mesmo para quem mora perto do novo reservatório a situação não mudou. O bairro Nossa Senhora de Fátima fica a cerca de um quilômetro do reservatório e a situação para os moradores continua a mesma: abastecimento irregular. Quem reside nas ruas Mário de Araújo, Marques Canário, Pedro Álvares Cabral e as suas inúmeras travessas sofre com a irregularidade no abastecimento.
E qual seria a desculpa agora ? Construir um novo reservatório ? Com a palavra a CEDAE.