Estudo feito por pesquisadores do IFRJ Nilópolis mostra o impacto da Pandemia nos artistas

O isolamento social, imposto pela pandemia provocada pelo novo coronavírus, artistas e organizações culturais interromperam as atividades. Desde março os profissionais da Cultura têm feito malabarismo para sobreviver.
Para mapear a nova realidade desses trabalhadores o Observatório da Economia Criativa da Bahia está desenvolvendo a pesquisa Impactos da Covid-19 na Economia Criativa. Em Nilópolis pesquisadores do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) fazem o estudo. Nesta quarta-feira terminou a primeira fase da pesquisa, da qual participaram mais de 250 artistas e de 500 organizações.
O professor de Produção Cultural do IFRJ Nilópolis, João Guerreiro, é um dos pesquisadores na Baixada. Ele explica que o trabalho tem um olhar voltado para quem está à margem da chamada indústria cultural:
“As primeiras análises indicavam que, em três meses, haveria queda de R$ 11 bilhões na arrecadação do setor cultural no Brasil. Hoje a previsão é de R$ 46 bilhões, mas na Baixada Fluminense essa indústria cultural nunca foi tão forte. Esse dinheiro nunca entrou”, disse.
No decorrer da pesquisa, foi aprovada a Lei Aldir Blanc, que prevê repasse de R$ 3 bilhões para o setor. O Estado do Rio deverá receber R$ 104 milhões e a Baixada, R$ 23,6 milhões. Guerreiro ressalta que a próxima fase da pesquisa será analisar os questionários e disponibilizar essa análise aos coletivos e às secretarias de Cultura da região:
“A ideia é ver como (os artistas) foram impactados e produzir subsídios para o estado e os municípios em termos de políticas públicas em relação à Lei Aldir Blanc”, concluiu.