O workshop de saúde focado em multidisciplinaridade na linha de cuidados com a Aids reuniu estudantes na II Igreja do Nazareno, no Centro, na tarde desta quarta-feira (7/12). Além das palestras, foram distribuídos autotestes, preservativos e panfletos.
Portador do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) há 20 anos, I. A. convive com o vírus mas não desenvolveu a doença. Ele contou suas experiências.
“Eu trabalhava em um local e conheci uma pessoa e fomos morar juntos. Eu não sabia que ela era uma portadora do HIV. Ela engravidou e teve um filho meu, graças a Deus nasceu bem de saúde. A partir daí comecei a perder minha saúde. Trato há 20 anos e hoje vivo minha vida normalmente”.
A ação fez parte dos eventos do Dezembro Vermelho promovidos pela Secretaria de Saúde. A psicóloga Luciene Pereira Leccas palestrou sobre como viver com Aids.
“Infelizmente as pessoas ainda não estão se cuidando e os índices estão subindo principalmente entre jovens. Hoje o HIV é uma doença de qualquer um de nós que não se cuida”.
A Secretaria de Saúde recebeu doações de autotestes de uma indústria farmacêutica. Representante da empresa, as técnicas em saúde Fernanda de Moraes e Amanda Moraes explicaram os benefícios do exame.
“O nosso autoteste é aprovado pela Anvisa e OMS. A pessoa pode fazer no conforto do lar e o resultado sai em 15 minutos”, esclareceu Amanda.
Estudante do segundo ano do Colégio Estadual Aydano de Almeida, Andres Domingos da Vitória, de 17 anos, curtiu a ação.
“Acho que é um tema muito importante que deve ser de conhecimento de todos, e que deve ser priorizado para que os jovens tenham mais conhecimento e instruções sobre o que é a doença e determinadas formas de prevenir”.
Estão realizando o teste rápido nos postos de saúde localizados nos bairros do Cabral, Nossa Senhora de Fátima, Centro, Cabuis, Frigorífico, Manoel Reis, Novo Horizonte, Nova Cidade, Olinda e Paiol de Pólvora.
“É preciso entender que virou uma doença crônica e acontece que vem acometendo outros grupos. É importante prevenir e sobretudo, se tiver positivo, não transmitir e se tratar”, salientou a secretária de Saúde, Lenise Monteiro.