A famosa rádio corredor, que são as informações não oficiais trocadas entre funcionários e na maioria das vezes, sem nenhuma checagem da sua confiabilidade, não são novidades no ambiente corporativo. O que está ficando cada vez mais em destaque é que os possíveis efeitos danosos desta disseminação da chamada “fofoca”, está aumentando na medida que as redes sociais ganham mais força e visibilidade.
Se as chamadas “Fakes News” já entrou no vocabulário popular como um dos novos vilões da história e é denunciada pela grande maioria das pessoas pelo grande mal que pode provocar, as fofocas da rádio corredor continuam acontecendo sem que a maior parte das pessoas percebam o mal que esta ação, assim como as notícias falsas, podem fazer para as pessoas. Principalmente para as carreiras daquelas mesmas que as propagam.
“Se por um lado, temos percebido cada vez mais a necessidade de estarmos alertas por muitas frentes que propagam diversos tipos de preconceitos, vemos também que além de uma legião de resistência vigilante para combater qualquer linha de injustiça. Mais que isso, já não é de hoje que questões como a importância de uma postura ética e de empatia seja trabalhada em nossa sociedade e desta forma, muito presente no ambiente empresarial”, alerta o gestor de carreiras e professor universitário, Ricardo Machado, que atua há duas décadas em universidades e escolas da Baixada Fluminense.
O professor ministrou aulas na Fundação de Apoio à Escola Técnica, unidade localizada no bairro Paiol de Pólvora, em Nilópolis; na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica; e outras universidades da Baixada Fluminense, e faz palestras gratuitas pela Escola de Treinamento na região.
O gestor de carreiras frisa que o profissional deve avaliar com total atenção antes de propagar uma fofoca na vida pessoal e na carreira profissional.
“A minha dica é se auto perguntar: vale mesmo a pena propagar informações ou mesmo fofocas no ambiente de trabalho? Isso poderá ajudar na minha carreira? Lembrem-se! As palavras do momento para a sua carreira são, por exemplo, empatia, ética, humanidade, colaboração entre outras da mesma linha. Tire do seu vocabulário e principalmente de suas ações, a palavra fofoca”, aconselha Machado.
Outra dica colocada como importante por Machado é trocar a iniciativa da fofoca pelo comentário positivo. Segundo ele, um estudo realizado pela Universidade de Washington, publicado recentemente no Journal of Evolution and Human Behavior, analisou como os comentários positivos ou críticos, mas bem-intencionados, podem resultar em ganhos na vida pessoal e profissional daqueles que cultivam o hábito.
“A pesquisa apontou que o ‘fofoqueiro do bem’ quando destaca pontos positivos sobre uma terceira pessoa, passa a ser visto como alguém honesto e de boa índole”, frisa Machado.