O Campus Nilópolis do Instituto Federal de Educação do Rio de Janeiro (IFRJ), em parceria com a equipe de saúde mental do município, realizou na última semana, o I Fórum de Saúde Mental de Nilópolis. O evento, que aconteceu no auditório do campus, reuniu cerca de 150 pessoas, entre servidores técnico-administrativos do IFRJ e comunidade externa.

De acordo com Simone Portes, diretora de saúde mental do município de Nilópolis, há uma grande expectativa de levar algo relevante para a população, porque o fórum foi organizado não só para os profissionais, mas também para os familiares e para os usuários dos equipamentos de saúde mental.
“O objetivo é trazer o foco para a questão da saúde mental, e não apenas para a doença. Na verdade, o foco maior é na saúde mental. Queremos mostrar para os familiares e para a sociedade que é possível conviver com a família. Realizamos um trabalho de reinserção social, pois alguns perdem essa questão da cidadania”, explicou.

Simone contou, ainda, que o principal tema discutido no evento foi “Medicalização e Ouvidores de Vozes”, porque, segundo ela, mesmo medicadas, algumas pessoas continuam ouvindo vozes.
“Antigamente, tentávamos suprimir essas vozes, dizendo que a pessoa não estava ouvindo nada, que não deveria dar atenção a elas. Mas, hoje em dia, a abordagem é diferente: perguntamos ‘O que essa voz está dizendo?’ Isso faz parte do tratamento, entender o que essa voz está comunicando à pessoa e fazer com que ela perceba que essa voz faz parte dela, faz parte de um sintoma que ela tem e que precisa conviver com essas vozes”, esclareceu a profissional.