A Feira Livre da Mirandela, declarada Patrimônio Cultural do Município em 2021, agora também é considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. O Projeto de Lei 1.862/2023, de autoria do deputado estadual Rafael Nobre (União Brasil), foi aprovado na Assembleia Legislativa, aumentando o valor cultural da feira realizada aos domingos na Avenida Mirandela.

“A Feira da Mirandela é muito mais do que um espaço de comércio: é tradição, história e identidade para Nilópolis. Como frequentador assíduo desde sempre, sei o quanto essa feira representa para todos nós. Agora, garantimos o reconhecimento e a valorização desse espaço tão especial. Vamos seguir trabalhando para preservar e fortalecer nossas raízes”, disse o parlamentar
Com 110 anos de existência, a feira livre se estende por aproximadamente 1 quilômetro da Avenida Mirandela, desde a Praça Benedito Vaz Vieira até a Rua Zezinho. Atualmente, conta com 420 barracas, que garantem renda para mais de 800 pessoas e outras inúmeras que faturam indiretamente com a feira.

De acordo com historiadores, a feira começou a ser montada em 1913, com um número bem menor de comerciantes, que vendiam principalmente frutas e legumes das fazendas locais. Ao longo dos anos, houve um aumento significativo no número de feirantes e na diversidade de produtos oferecidos. Hoje, além de frutas e legumes, é possível encontrar produtos de higiene, limpeza, eletrônicos, entre outros. Em seus anos de funcionamento, raras foram as vezes em que a feira não foi realizada.
Em novembro de 2021, o prefeito Abraão David Neto sancionou a Lei 6646/2021, proposta pelo vereador Leandro Hungria (PL) que declarou a feira livre como Patrimônio Cultural do Município.

“A feira é tradicional, indispensável e patrimônio cultural do município, transmitindo calor humano, alegria e contentamento. Além disso, mantém hábitos e costumes regionais, como frequentar a feira constantemente, acordar cedo para escolher os melhores alimentos e saborear um pastel com caldo de cana.”, comentou Hungria.
Com as mudanças nos hábitos de consumo dos nilopolitanos, a cidade que já teve cinco feiras livres, hoje possui apenas três: aos domingos na Mirandela, no Centro; aos sábados em Olinda; e às quartas-feiras, no bairro Nossa Senhora de Fátima.
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