No dia 31 de julho, a Câmara Municipal de Nilópolis foi palco da 11ª edição do Prêmio Mulher Negra, promovido pelo Coletivo Junior Limma com apoio institucional do vereador Leandro Hungria. O evento integra as comemorações pelo Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e homenageia Tereza de Benguela, símbolo histórico da resistência negra e indígena no Brasil.
Com público estimado em quase 300 pessoas — mais que o dobro da capacidade do plenário — a cerimônia bateu o recorde de público registrado em uma atividade oficial da Câmara desde a inauguração do novo Plenário Vereador Orlando Hungria, ocorrida em 2022. A presença maciça da população reforçou o impacto social e cultural da iniciativa.
A mesa de autoridades contou com o vice-prefeito Álvaro Ramos, o vereador Leandro Hungria — presidente da Comissão dos Direitos Humanos, da Criança, do Adolescente, do Idoso, da Igualdade Racial e das Pessoas com Deficiência — e diversas personalidades como a empreendedora Savia David, a Missa Gay 2022 Letícia Valentini, as ex-BBBs Thamires Maia e Camila Maia, a Segunda Princesa do Carnaval 2025 Jéssica Almeida, entre outras figuras da cultura, beleza, educação e gestão pública.
O vereador Leandro Hungria destacou o papel transformador do evento:
“Ainda é pouco, vamos fazer muito mais. A valorização da mulher negra é uma pauta que precisa estar no centro das políticas públicas. Este evento é um marco, mas também um chamado à ação permanente.”
A programação foi marcada por apresentações artísticas que exaltaram a identidade negra, como o balé da ONG Paizão FB, o Coral do Colégio Estadual Aydano de Almeida, o cantor de soul Lisandro, a cantora evangélica Delaine Rosa e as sambistas Nega Batuque e Val Fidélis.

Entre os presentes, a emoção era visível. Marta Helena, moradora do bairro Manoel Reis, afirmou:
“Foi um dos momentos mais bonitos que já vivi em Nilópolis. Ver tantas mulheres negras sendo reconhecidas me deu esperança. A fala do Junior Limma me fez chorar — é sobre ocupar, resistir e transformar.”
Jorge Luiz Ferreira, morador do bairro Santos Dumont, destacou o impacto cultural do evento:
“A diversidade das apresentações foi impressionante. O balé, o coral, os cantores… tudo muito bem pensado. A cultura negra foi celebrada com dignidade e beleza. Isso precisa acontecer mais vezes.”
Já Patrícia Gomes, moradora do bairro Nova Cidade, ressaltou a força da mobilização:
“A Câmara ficou pequena para tanta gente! Isso mostra que a valorização da mulher negra não é só necessária — é urgente. A cidade inteira se moveu por esse evento.”
Em discurso emocionado, o historiador e presidente do coletivo, Junior Limma, destacou a importância de ocupar espaços públicos historicamente negados à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e aos povos de matriz africana.
“É fundamental garantir voz às comunidades periféricas, às mulheres negras e a todos aqueles que, por séculos, foram invisibilizados. Este prêmio é mais que uma homenagem — é um ato político e social de reconhecimento e resistência”, afirmou.

Em reconhecimento ao apoio recebido, Junior Limma expressou sua gratidão à Câmara Municipal e ao gabinete do vereador Leandro Hungria:
“Este evento foi possível graças ao apoio Câmara Municipal de Nilópolis e, em especial, ao gabinete do vereador Leandro Hungria, que esteve conosco em cada etapa. Quando há compromisso com a causa, tudo floresce. Cada colaborador — da equipe técnica aos servidores, dos artistas aos homenageados — contribuiu para que esta noite fosse memorável. O Prêmio Mulher Negra é mais que uma celebração: é um gesto de resistência, de afeto e de afirmação. Sou profundamente grato por caminharmos juntos na construção de um espaço onde a mulher negra é reconhecida com dignidade, respeito e protagonismo.”
A edição de 2025 reafirmou o compromisso com a valorização da mulher negra, promovendo visibilidade, representatividade e inclusão. Mais do que um evento, foi uma celebração simbólica da luta, da cultura e da força de mulheres que constroem, diariamente, um país mais justo e igualitário.









