O que assistimos todos absortos, diante do atual cenário mundial, seja pelas barbáries na Guerra entre Rússia e Ucrânia ou da Guerra de Israel contra o Hamas, além de outras sequer faladas, é a demonstração máxima do espírito autodestrutivo da humanidade.
Esse comportamento beligerante, fundado em ideias trôpegas e amparado pela inércia de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e seu Conselho de Segurança (de fazer o esqueleto de Osvaldo Aranha se contorcer em seu túmulo) dão mostras de que a coletividade humana mundial não está preocupada em promover uma cultura de paz entre os povos. Não culpo esse país ou aquele, porque países, nações e seus respectivos povos são compostos por pessoas, e o termo pessoas significa seres humanos.
Ainda que por detrás da cortina de alguns países ao defender o caos e a barbárie estejam a lucratividade, e, supostamente tal lucratividade seja dividida para que seu povo tenha bem-estar, qualidade de vida e vida em abundância, quanto vale a vida de um ser humano morto nestas barbáries hodiernas?
É muito difícil entender que nossas crianças do mundo não devem ter seu direito à vida ceifado sob nenhum aspecto? Já não basta falharmos miseravelmente ao deixarmos irmãos e irmãs ao relento, seja no Brasil, na África ou em qualquer parte do mundo? Precisamos ter nas mãos sangue inocente humano por conta de fundamentalismo de qualquer espécie, orgulho bélico ou lucratividade absurda no comércio de armas?
A melhor arma que um pai e uma mãe podem dar ao seu filho é a cultura do respeito ao próximo, que começa em casa, e não na escola. Quando a criança vai para escola, tem que ir em busca de conhecimento e conhecimento é o verdadeiro poder. Não existe poder maior do que o de uma caneta decisiva, cuja tinta a dar vida para as ordens seja feita com o elemento do respeito.
O que temos hoje são muitas canetas vorazes, desrespeitosas e desequilibradas a escrever, em suas decisões ou opiniões indutoras, tudo que corre fora da conduta respeitosa e da construção da paz.
Aqueles que entendem o imediatismo das redes sociais e suas informações em velocidade da luz como algo positivo, libertador, sinônimo da verdade são os bobos da corte modernos, enclausurados na pior de todas as prisões: o seu próprio pensamento de verdade absoluta. Foi isso que, pouco a pouco, implementou-se. Ou será que tudo o que vivenciamos nos dias de hoje, inclusive a guerra de informações, não tem como grande aliado o imediatismo humano?
Então depreenda-se desta reflexão que, para solidificarmos a cultura de paz, sem respeito, simplesmente todo e qualquer esforço será inócuo. E, quando sua mente for tomada de assalto, ao deparar-se com qual lado ficar em uma guerra, lembre-se que a guerra não traz nada de positivo, para nenhum lado, até mesmo para quem nada tem haver com a situação.
Tão logo, mais fácil será lutar, enquanto humanidade, no fortalecimento da coloidal ONU, de seu incipiente Conselho de Segurança, não com base na força do voto, mas na força do veto de toda a humanidade, inclusive pelas mesmas redes sociais pedindo, tal qual o rapaz que empunhou solitário uma gigantesca bandeira branca no Arpoador, Paz. E, sem gritar, sem buscar um lado, fez uma diferença enorme neste nefasto jogo de imbecilidades humanas.
A paz que nós queremos começa dentro de casa através do respeito. Respeito é a chave. Respeito evita as centenas de mortes que vemos diante de nossos olhos.