Foi publicada na edição do último dia 17 de maio, do Diário Oficial do Município, a promulgação da Lei Ordinária 6828/2024, que dá nova denominação à Rua Teresópolis, no bairro Santos Dumont, em Nilópolis. A partir de agora, ela se chama Rua Cabo Furtado, em homenagem ao policial militar Celso Nascimento Furtado, que morreu em 2022 após a viatura onde estava bater na parede de uma loja ao tentar desviar de um ciclista. O local da colisão foi justamente na esquina da antiga Rua Teresópolis.
A iniciativa de homenagear o policial é do vereador Anderson Campos (PRD). Ele é o autor do Projeto de Lei 90/2023, aprovado por duas votações na Câmara Municipal de Nilópolis. O texto seguiu para a sanção do prefeito Abraão David Neto (PL) em 04 de abril de 2024, mas como não houve manifestação do chefe do Executivo Municipal, coube ao presidente da Câmara Municipal, vereador José Diamantino Ribeiro (PL), promulgar a lei e ratificar a aprovação do Legislativo, como previsto na Lei Orgânica do Município.
Policial evitou atropelamento
O cabo Furtado e o sargento Everton estavam na viatura do 20º BPM (Mesquita), que perseguia criminosos pela Avenida Getúlio de Moura, quando um ciclista sai da rua Ernesto Cardoso. Para evitar o atropelamento, o cabo, que dirigia a viatura, faz uma manobra e acaba perdendo a direção do veículo, que capotou e colidiu violentamente contra a parede de uma loja. O cabo Celso Nascimento Furtado ficou preso entre as ferragens e morreu no loca. O sargento Everton foi socorrido e após um período internado no Hospital Central da Polícia Militar recebeu alta.
Vídeo mostra o momento exato em que o ciclista sai da rua Ernesto Cardoso e a viatura fica sem controle.
Em outro vídeo, é possível ver populares que passavam pela região prestando os primeiros socorros, inclusive tentando retirar os policiais da viatura.
De acordo com a Polícia Militar, o cabo Celso Nascimento Furtado, tinha 42 anos, ingressou na Corporação em 2014 e deixou esposa e um filho.
Casados há 14 anos, Natalie descreveu Celso como uma pessoa do bem, generosa e um pai excelente. Segundo a esposa, o policial também era apaixonado pela profissão.
“Ele tinha a polícia no sangue e ele sempre me falava que era policial 24 horas por dia. A gente fica muito triste com isso, porque eu sei quando uma pessoa ama a profissão. A gente ficava preocupada, porque ser polícia no Rio de Janeiro é muito perigoso. Ele era um cara muito legal, um pai excelente, uma boa pessoa, generoso”, relembrou.
Os criminosos foram detidos posteriormente, por outra equipe.