Com 40 anos de história, o Templo Espírita Ogum Megê, localizado em Vaz Lobo, na Zona Norte do Rio, foi declarado patrimônio imaterial do estado. O decreto, assinado pelo governador Cláudio Castro, foi publicado no Diário Oficial do Estado. A iniciativa, proposta pelo deputado Dionísio Lins (Progressistas), tem como objetivo “preservar a cultura religiosa da umbanda”.
Fundado em 1984 e liderado pelo sacerdote Pai Jorge Corrêa desde então, o templo é um local sagrado para os umbandistas, além de possuir uma filial em Nilópolis. O Ogum Megê promove consultas espirituais, celebrações e diversas atividades comunitárias.
“Essa declaração representa o reconhecimento oficial da relevância cultural, histórica e religiosa desse templo para a sociedade fluminense e brasileira, além de valorizar as tradições das religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, que são frequentemente marginalizadas”, celebrou Pai Jorge.
Ele destacou que o apoio institucional e a proteção legal, assegurados pelo decreto, preservam as práticas espirituais e culturais do centro, protegendo o legado:
“Dessa forma, o combate à intolerância religiosa é fortalecido, tornando possível que a gente continue lutando por reconhecimento e respeito às tradições afro-brasileiras. Além disso, o templo é um importante espaço de convergência para práticas culturais e sociais que refletem a diversidade do nosso país.”
Nas redes sociais, o templo espírita costuma publicar registros das celebrações e mensagens de Pai Jorge aos seguidores. O Ogum Megê conta com outras sete filiais no Rio, sendo duas na capital, em Cordovil e Realengo, e cinco na Baixada Fluminense: Belford Roxo, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis e Guapimirim. Há também uma unidade em Belém, capital do estado do Pará.
Em Nilópolis, o centro está localizado na Rua Cândida 1196, Paiol de Pólvora, sob o comando do Sr. Willians (Caboclo Urucutum).